28 de março de 2024 - 18:13

Brasil

24/03/2021 11:09

Pronunciamento de Bolsonaro gera panelaços pelo Brasil

 

O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento na TV na noite desta terça (23) para falar sobre pandemia e vacinação. Sua fala, de pouco mais de 3 minutos, gerou um forte panelaço em diversas regiões do Brasil no dia em que o país bateu um novo recorde de mortes, com 3.251 vidas perdidas.

O presidente, que já minimizou a efetividade da imunização e chegou a declarar que não iria se vacinar, afirmou que o governo federal fará de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros contra a doença. Bolsonaro disse também que o governo vem tomando medidas de enfrentamento ao coronavírus e lembrou que em poucos meses o país estará produzindo de forma autossuficiente suas doses contra a covid-19.

A fala de Bolsonaro foi recebida por panelaços e gritos em cidades pelo país. Em São Paulo, o barulho feito pelas pessoas pode ser ouvido em vários bairros como Pinheiros, Vila Romana, Aclimação, Centro, Higienópolis, Santa Cecília, Mooca, Saúde, Perdizes, Vila Pierina, Barra Funda, Jardim Paulista, Itaim Bibi e Itaquera.

No Rio de Janeiro, os protestos também aconteceram em bairros como Tijuca, Flamengo, Copacabana e Botafogo.

As batidas soaram fortemente em casas e prédios e foram ouvidas igualmente em cidades como Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Goiânia, Salvador, Belém e mais.

 

Além das batidas, as pessoas gritaram “fora, Bolsonaro”, “genocida”, “incompetente”, entre outros impropérios.

Apesar da promessa do presidente sobre a vacinação, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) reduziu em mais de 10 milhões de doses o número de vacinas a serem entregues ao Ministério da Saúde no mês de abril, passando de uma previsão inicial de 30 milhões para 18,8 milhões.

A redução das doses da Fiocruz representa mais um baque no lento processo de vacinação brasileira contra a covid, no momento em que o país atravessa sua pior crise e se tornou o epicentro da pandemia no mundo.

Apenas 2,6% da população brasileira com mais de 18 anos foi vacinada com as duas doses, de acordo com levantamento da Fiocruz, enquanto o percentual que recebeu a primeira dose é de 7,6% -- o que corresponde a 12,1 milhões de pessoas.

A promessa original do Ministério da Saúde era distribuir 45,9 milhões de doses apenas no mês de março, mas esse total foi reduzido para entre 25 milhões e 28 milhões por problemas na importação de doses da Índia e por atraso da Fiocruz em sua produção.


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