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Cidades

05/04/2021 09:19 Estadão MT

Confusão de decretos só aconteceu por culpa do governo federal, diz Gallo

Rogério Gallo, secretário estadual de Fazenda, disse que o lockdown de fato nunca aconteceu no Brasil, por causa de uma escolha do governo federal sobre o modo de enfrentamento da pandemia. Ele avalia ainda que grande lista de atividades essenciais descritas no decreto presidencial, com mais de 50 atividades, causa confusão na população sobre o que pode funcionar.

O secretário explanou que somente há lockdown quando o governo central decreta e citou exemplos de países europeus como Itália, França, Espanha, Inglaterra e também Estados Unidos, que tiveram ordens dos ministros ou presidentes para fecharem as atividades não essenciais, dando uma diretriz nacional para o enfrentamento da pandemia.

“As pessoas não se sentem confusas a contradições que podem existir entre as manifestações de duas autoridades. Isso é muito ruim, então essa confusão toda é gerada em função exatamente dessas informações contraditórias. O que temos aqui é um elenco grande de atividades essenciais no decreto federal, confundindo quem não é essencial e isso é muito ruim”, falou Gallo.

Além de não ter defendido a estratégia de lockdown, outro problema enfrentado agora pelo governo federal, segundo Gallo, é o fato de a União não dispor de recursos públicos para socorrer aos que mais precisam no momento mais crítico da pandemia.

“O auxílio emergencial reduziu consideravelmente. Se gastou R$ 700 bilhões no ano passado e esse ano foi disponibilizado no orçamento R$ 44 bilhões, então veja, você tem menos de 10% disponibilizado em um orçamento federal que está muito comprometido”, explicou.

Gallo defende um plano de ação para abertura de atividades com responsabilidade, que seria ter mais ônibus coletivos em horários de pico, empresas privadas realizarem rodízio de funcionários e evitar as aglomerações e punições severas para quem descumprir o decreto.

Rogério disse que se nada for feito, não vai conseguir realizar o mínimo que é combater as aglomerações nem reduzir a circulação das pessoas, o que vai acabar gerando mais transmissão, casos de covid, internações e mortes.


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