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Saúde

21/12/2023 05:31 G1

Ministério da Saúde Investe R$100 Milhões em Pesquisa com Terapia Celular CAR-T para Combate ao Câncer

O Ministério da Saúde liberou R$100 milhões para financiar a pesquisa de desenvolvimento da terapia celular CAR-T Cell, uma abordagem inovadora que utiliza as células de defesa do próprio paciente para combater o câncer no sangue. A pesquisa será conduzida pela Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto/USP em colaboração com o Instituto Butantan, em São Paulo.

O objetivo principal é avaliar a segurança e eficácia do tratamento em pacientes com leucemia linfoide aguda B e linfoma não Hodgkin B. O financiamento faz parte do Novo Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC-Saúde), buscando garantir acesso a tratamentos modernos contra o câncer para a população mais carente.

O estudo clínico, que receberá apoio da Fapesp e do CNPq, está programado para recrutar pacientes a partir de janeiro e fevereiro do próximo ano. O acompanhamento se estenderá por 12 meses, seguido pela análise dos resultados e, posteriormente, a solicitação de registro do produto à Anvisa. Caso aprovado, o tratamento poderá ser disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS).

A pesquisa conta com o suporte de instituições renomadas, incluindo a USP, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e o Instituto Butantan. A Anvisa desempenha um papel crucial no desenvolvimento e aprovação do estudo clínico, que pode resultar no registro de um produto nacional capaz de transformar o tratamento de leucemias e linfomas no país.

Até o momento, 20 pacientes foram tratados com a terapia CAR-T desenvolvida na USP e Hemocentro de Ribeirão Preto, sendo 14 deles continuando bem após o tratamento. O investimento do Ministério da Saúde representa um avanço significativo na busca por soluções inovadoras no combate ao câncer e na promoção da saúde pública.

Quem pode se candidatar?

A parceria entre as instituições resultou na construção de duas unidades do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera) em Ribeirão Preto e na capital paulista. Apenas a “fábrica de células” de Ribeirão Preto está em operação e será responsável por atender a demanda de participantes do estudo. No futuro, poderão ser atendidos até 300 pacientes ao ano.

O estudo clínico é focado especificamente em pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B que não responderam ou apresentaram o retorno da doença após a primeira linha de tratamento convencional, como quimioterapia e o transplante de medula óssea.

A técnica brasileira não tem efetividade em outros tipos de cânceres sólidos, além dos tipos citados acima.

Segundo os pesquisadores, o paciente que acredita preencher os requisitos deve conversar com o seu médico e pedir que ele entre em contato pelo e-mail: [email protected].

Deve ser anexado o relatório de saúde do candidato, e o material será avaliado pelas equipes. Se o caso se enquadrar no estudo, o médico responsável pelo paciente será avisado.


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